Sandrices


A VOLTA AO FOGÃO 




De uns anos pra cá, multiplicaram os programas de Culinária. Tem para todos os gostos. Programas sobre Churrasco, Comida Funcional, Doces, etc.
Artistas brasileiros e estrangeiros ganham fama compartilhando suas receitas. E anônimos ficaram famosos graças ao seu talento na cozinha. Esse movimento vai além da gastronomia. Eu vejo como um fenômeno social: de resgate à cultura alimentar. De trazer de volta o ato de preparar a refeição.



Muita gente nem sabia mais o que era um tomate de verdade. Imagina um tempero fresco! Abríamos latas, potes e caixas de congelados e, voilá!  o jantar estava na mesa. Aliás, essa era pura peça de decoração pois cada um comia do seu jeito, no sofá da sala em frente a tv.

Graças a valorização da Gastronomia estamos voltando ao hábito de cozinhar. De preparar o alimento com carinho. De compartilhar a mesa com amigos ou familiares.  E todo mundo tem acesso a isso. Blogs, Programas e livros estão ao alcance de todos. Cozinhar voltou a ser prazeroso. Arrumar a mesa, comprar utensílios e um bom vinho faz parte desse ritual.

Homens e mulheres estão se matriculando em cursos de alta gastronomia. As crianças acabam sendo estimuladas e há até concursos famosos para  chefs mirins. Preparar uma refeição refinada já não é mais exclusividade dos grandes chefs de restaurantes estrelados. Qualquer um pode aprender! 
Acho que esse foi o grande mote de um movimento que tomou conta da maioria dos lares. É possível sim ter uma alimentação mais saudável e o ato de cozinhar se tornou prazer e não obrigação.

Eu particularmente sempre gostei de cozinhar. Mais do que o prato em si eu curto muito preparar uma mesa bonita e servir minhas filhas com pratos "montados" de forma atraente. Minha sobrinha Natália tem uma coleção de fotos dos meus pratos porque ela adora comer em casa e ver o cuidado com o que eu preparo tudo.

Sentar à mesa agrega pessoas. É o momento de dar uma pausa em tudo e conversar com calma, trocar experiências.  O alimento une, aquece, harmoniza.
Então, da próxima vez que for cozinhar pense no quanto esse alimento vai saciar a fome física e emocional das pessoas. E, bom apetite !


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UM POUCO DE (in)CONFORMISMO




Não se conformar nem sempre é ter uma postura rebelde.  Eu vejo mais como um ato de liberdade.
Odeio conformismo. Ah, não deu certo aquele negócio porque não tinha que ser! Ou então, se for pra ser, será ! Oi ?
Então vamos ficar na janela esperando a banda passar ?  Não, definitivamente não!
Eu tive bons exemplos em casa: uma mãe que decidiu abandonar o marido alcoólatra porque não aceitava os padrões da época, em que uma mulher separada era mal falada pela sociedade.  Um irmão que não fez faculdade e decidiu que iria viver de música e criou os filhos tocando em bares e dando aula de guitarra e violão.
Eu mesma, fazendo uma retrospectiva rápida da minha vida percebo que foi por não me conformar que mudei o rumo em determinados momentos.  Pedi demissão em um emprego promissor por não me sentir empolgada com o que fazia, rompi com o primeiro casamento, rompi com o segundo. E mesmo com toda a dificuldade de ser hoje uma mulher sozinha, com o dobro de responsabilidade para administrar filhos, trabalho e projetos pessoais posso dizer que me sinto muito mais realizada. 
Me incomoda ver pessoas que se acomodam em determinados relacionamentos. Sejam eles profissionais, pessoais ou amorosos.
Nós mulheres temos vocação para o conformismo.  Temos medo de ficar sozinhas, de envelhecer, de ficarmos feias e menos desejáveis. De não ser a mais gostosa, a mais sexy ou mais inteligente.
Temos tantos medos que a vida vai passando, vai passando e de repente não dá mais tempo.
É surpreendente o número de mulheres e homens que vivem uma relação sem entusiasmo, amor ou tesão simplesmente pelo medo de romper. Os filhos, o conforto material ou mesmo a simples companhia. São vários os motivos para que a pessoa insista naquela situação. 
Uma coisa que a vida me ensinou é que:  sempre dá tempo! Nunca é tarde para começar algo.
Dá tempo de voltar a estudar, de encontrar um novo amor, de escrever um livro, de sentir de novo a empolgação da juventude mas principalmente dá tempo de sair da zona de conforto e arriscar.

Claro que tem uma consequência, tudo tem seu preço. A questão é: vale a pena arriscar?  Eu acredito que sempre vale.

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ESPERANÇA E DIGNIDADE



Li outro dia uma matéria sobre empresas comprometidas em contratar mão de obra de egressos do sistema prisional. Ou seja: ex-detentos.

Acredito que seja um grande avanço de nossa sociedade pois arrumar uma colocação para quem tem um bom currículo, com pós graduação, MBA, idiomas, etc,  já é difícil, imagine para uma pessoa que sai da prisão.  Quem dará uma oportunidade?



PANOSOCIAL, uma fabricante de camisetas produzidas com algodão orgânico e garrafas PET, já utiliza oficinas terceirizadas por ex-detentos. Outras empresas também aderiram a iniciativa e já existe inclusive uma agência de empregos especializada neste público - a SEGUNDA CHANCE - criada pelo ONG AfroReggae.



O Governo do Estado também tem um Programa voltado para ex-detentos chamado PRÓ-EGRESSO que é administrado pela Secretaria de Administração Penitenciária.  
As vagas que mais empregam esse tipo de mão de obra são: a estamparia, funilaria, ajudante de pedreiro, auxiliar de escritório, costureiro e motoboy.

Tá aí um bom exemplo a ser seguido.  Trazer de volta a mão de obra que antes onerava o Estado e por consequência a nós, é muito importante.  Mas trazer de volta a esperança e a dignidade a um cidadão é ainda melhor!


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NARCISISMO POUCO É BOBAGEM!



Para aqueles que se amam tanto, mas tanto, chegou a vez de poder ter uma réplica de sí mesmo !
Pois é, a empresa MiniYou cria bonecos personalizados de cerâmica através de uma impressora 3D. O produto leva umas quatro horas para ser criado e custa por volta de 200 a 1.000 reais.
Acho a idéia muito legal mas talvez para fazermos réplica de um amigo e presenteá-lo, ou filhos ou mesmo os nossos pets.


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FOGUEIRA DAS VAIDADES




Quem nunca sofreu na infância ou adolescência por não ser o (a) mais popular na escola? E no trabalho? Sempre tinha aquela ou aquele que eram os queridinhos do chefe.
Com o surgimento das mídias sociais tornou-se quase uma obsessão ter o maior número possível de likes.
Li outro dia um artigo que me espantou! Algumas pessoas estão comprando likes.... kkk Pode parecer piada mas não é. A pessoa entra em contato com determinados sites que vendem esse serviço. Eles criam perfis falsos e aí a mágica acontece: a pessoa passa a ter um grande número de seguidores.
Até que ponto vai a vaidade de uma pessoa para pagar por isso? Deu pra perceber que não há limite !
O Google é claro, já está de olho nessa manobra e está sempre criando mecanismos para impedir essa prática.


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